sábado, 18 de maio de 2013

Cardiologista recomenda evitar sexo após consumo excessivo de álcool

Para quem tem problemas no coração, um cardiologista e Coordenador do FUNCOR, Sociedade Brasileira de Cardiologias recomenda que a pessoa não se relacione sexualmente após ingerir álcool, em temperaturas extremas ou até mesmo depois das refeições.

Ricardo Stein, que também é formado em educação física, ressalta a importância de o indivíduo ter conhecimento desta ação. “Elas devem receber orientações sobre atividade sexual da mesma forma que recebem informações sobre retorno ao trabalho e como devem se engajar em programas de exercício”. O motivo desta prevenção se deve por conta da saúde cardíaca do parceiro sexual ou mesmo da própria pessoa. “A freqüência cardíaca média de pico durante o ato sexual atinge um valor de 114 batimentos por minuto (desvio padrão de 14 batimentos). Cabe então ressaltar que o gasto energético descrito é comparável ao de muitas atividades cotidianas”. 

Caso a pessoa tenha doença cardíaca, isto se torna um fator complicador. Stein cita duas razões pelo qual o paciente deve tomar cuidado. “O diagnóstico cardíaco e todas as implicações psicológicas que acarretam em ansiedade, medo da morte, restrição na atividade física e a necessidade do uso de diversos fármacos capazes de produzir efeitos adversos que prejudicam a performance sexual”. Ele cita um exemplo de morte durante uma transa, ocorrida por causa do consumo de álcool. “A maioria das mortes em homens que se envolveram em relações extraconjugais, onde as parceiras são cerca de vinte anos mais jovens que a parceira habitual e, após refeições copiosas, geralmente associadas ao consumo abundante de álcool”.

O consumo de oxigênio estimado para manter o coito chega próximo a uma caminhada de até 5 km/h e o ultrapassa durante o orgasmo. (Este dado foi baseado em uma relação heterossexual, podendo ser diferente para sexo homossexual ou masturbação). Porém, o cardiologista o recomenda como uma atividade física comum, sem o risco de morte súbita, por exemplo. “Estudos sugerem que um paciente com doença cardíaca capaz de subir 1 ou 2 lances de escada pode manter sua atividade sexual conjugal sem apresentar maior risco ou até mesmo sem apresentar sintomas cardíacos”. Para ele o exercício aeróbico tem o potencial de promover diminuição no trabalho cardíaco necessário durante a transa. “Por fim, quanto maior for a regularidade no nível de atividade física do indivíduo e, presumivelmente do seu condicionamento aeróbico, menor será a probabilidade que o coito seja um fator predisponente para algum evento cardiovascular”.

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